29 de junho de 2014

Vida



A member of the Amazonian Tatuyo tribe holds a snake while waiting for tourists in his village in the Rio Negro near Manaus city

Chazzan Chaim Adler



"Melech Ram Venisa"

Londres



Cannon Street, looking toward St Paul's Cathedral, virtually unscathed, after ceaseless German air raids, in 1942

Nechama Tec


(1/2)
(2/2)
USC Shoah Foundation Institute (1998)

27 de junho de 2014

Boris Pasternak



Chico Buarque


"Construção" (1971)


Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague
 

23 de junho de 2014

Vida



This picture was taken off south-eastern Spain at a depth of 36 metres. 
The spotted ray is common in deeper areas here but quite rare in shallower water.

Flory Jagoda


"Klaro del Dija",  Flory Jagoda


Medicine does not have all the answers … says a doctor

The power of modern drugs can be awe-inspiring, but social interaction and other activities are undervalued forms of healing
As a medical student I marvelled at the magic little pills could do. I watched fatal malarial fevers dissipate and resolve, I saw suppurating, oozing wounds smooth over and heal, cancers regress and disappear under the wondrous effects of little coloured capsules and tablets. The power of modern western medicine can be awe-inspiring.
But the more experienced I became, the more I began to realise that for all its wonders there are many things modern medicine cannot come close to healing or even understanding. We may have pills to unclot blood and clear clogged arteries but we have nothing for a broken heart or lonely soul. Our biomedical model of illness and disease can do much but it lacks a lot.
How does a dying woman hang on until her grandchild is born, how are so many more boys than girls born after great wars, what is the placebo effect and how does it work? These are some of the many things we cannot explain and so we dismiss them as oddities or anomalies in science. We fail to realise and acknowledge the complex context of the person that has the illness. As Hippocrates said: "It is more important to understand what sort of person has a disease, than what sort of disease a person has." There is no pill which will have everything we need to make us healthy and there never will be.
In my career I have met some awful doctors and some exceptional ones. The exceptional ones have taught me that medicine is an act of love and brotherhood. That true healing comes from people, not machines or chemicals or protocols or pathways but from us all to each other. It comes from art and companionship and love and trust.
Several years ago I visited the Bromley-by-Bow GP clinic. I was struck by the story of a group of elderly Bangladeshi widows. These women who had relied entirely on their husbands and were completely isolated by deep cultural and language barriers. They almost all suffered with poorly controlled diabetes and were regular attendees of the local AE and GP surgery.
The surgery started a gardening group for these women and as they got out and exercised and laughed and gardened together they developed a network of support. Their diabetic control improved and they became significantly less frequent visitors to AE and the GP. Watching how this group worked was one of several factors that inspired me and my partners to focus, through our medical clinic, on wellbeing. Specifically we work on six areas of wellbeing: lifestyle, participation, relaxation, support, security and environment.
All these areas need to be considered and addressed in the assessment and promotion of wellbeing. It is hard to complete your chemotherapy if you are suffering abuse at home. Your obstructive lung disease will deteriorate and not respond to normal medical treatment if your home environment includes damp and squalid conditions. Recent studies show loneliness is a bigger risk factor for having another heart attack than not taking statin medication (the current gold standard treatment).
If the NHS is to survive then we must look at the big picture of health and wellbeing. We have developed a dependence on medicine which is not sustainable. There are many cheap, local and effective treatments which do not involve darkening the doors of our struggling hospitals or GP consulting rooms. We need to look to each other to provide participation, security and support to our neighbours, friends and colleagues.
Our clinic in Brighton is the first integrated NHS GP practice. We use a wide range of therapies, including acupuncture, massage and osteopathy, and as these therapies are not part of the NHS we have set up a charity to fund them for people on low incomes. We also have a centre where we offer therapies in the visual, literary and performance arts as well as support and companionship groups. Some have questioned our actions. Of course the biomedical model of the body acupuncture makes no sense. However, if I look back at the history of western medicine and how it has evolved over the millennia, doctors have done some wonderful and some awful things in their attempts to help and relieve sickness. They have often held misguided views for too long and failed to accept new ideas or listen to patient experiences with an open mind. In short for all its greatness the consistent failing of modern medicine has been its arrogance. Our model of the body explains a lot but it does not explain everything.
Perhaps the answer to the conundrum of how to meet the ever increasing demand on the NHS is to extend the parameters of primary care past the role of the medic and into the arena of wellbeing? I have been hugely humbled by the amount of extremely talented people who have offered their services voluntarily to the Practice. Artists, photographers, film-makers, dancers, authors, therapists, retired counsellors and many others have come forward to help us offer narrative workshops, art therapy, exhibitions for artists struggling with mental health issues, singing groups, film production and dance workshops and most importantly, companionship.
The role of a future practice will be more than consulting rooms for GPs and nurses, it will offer a platform for people in the community to give according to their ability and take according to their need.
Successful projects such as ours rely on us all being open, embracing differences and celebrating life together.
"If you want to go fast, go alone. If you want to far, go together." – African proverb.


Anger


Rabbi Simon Jacobson 

"poplar trees"


Ein Avdat National Park. Ein Avdat Canyon. Euphrates poplar trees grove (Israel)
 

20 de junho de 2014

19 de junho de 2014

Chico Buarque


"Pedro Pedreiro" (1966)


Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval
E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando a festa, esperando a sorte
E a mulher de Pedro, esperando um filho prá esperar também
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro tá esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro Norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo
Espere alguma coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar, mas prá que sonhar se dá
O desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás
Quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando aumento para o mês que vem
Esperando um filho prá esperar também
Esperando a festa, esperando a sorte
Esperando a morte, esperando o Norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim, nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
 

Genesis


"Adam and Eve", Peter Paul Rubens (1597)

Crown Heights



Karl Löwith



18 de junho de 2014

Coroza



Condenada por la Inquisición española que lleva una coroza con dibujos de llamas lo que significa que va ser quemada en la hoguera por hereje  (Los Caprichos de Francisco de Goya, 1797-8).

Heidelberg



16 de junho de 2014

Anti-Judaism




CLICAR

Message from Rav Steinsaltz:
The kidnapping of our students is a shocking, painful and frightening event. In a time and place that had seemed to us quiet and serene, we have been thrown into an event that we can do nothing to resolve.
Perhaps we are better off than in past times, when we were totally unable even to attempt rescue and deliverance. We are grateful to the Israel Defense Forces for all their efforts.
Still we, the families, the friends and the teachers of the kidnapped boys are standing with "idle hands" (Ecclesiastes 10:18.) All we have left now is to turn to our Father in Heaven and plead. We do not despair because we doubt our Heavenly Father. Rather we feel helpless because, "God is in Heaven and you are upon earth" (Ecclesiastes 5:1).
Thus, we can never know the extent our pleas and cries reach Heaven -- and also have some effect here, on earth. What we can do – and this has been the Jewish way from time immemorial – is to add more holiness and learn more Torah. If we can, each of us should take upon ourselves something additional, no matter how small, especially and explicitly devoted for the sake and well-being of the missing boys.
Furthermore, we Jews have always been accustomed to reciting the Psalms, and we certainly ought to do more of this, especially two psalms that seem to me most relevant: Psalms 142 and 143, chapters that literally deal with our plight.  We pray also for the safety of those who are working toward their rescue.
May it be God's will that in their merit, and for the merit of their suffering, together with our prayers and good deeds, we shall soon see our boys returned to us, God willing, safe and sound.

Adin Even-Israel Steinsaltz

15 de junho de 2014

Mitologia


"Pallas Athena", Klimt (1898)

Holocaust in Film and Literature



 12. (Prof. Todd Presner, UCLA)

Londres


Traffic on London Bridge over the river Thames in 1904

The bridge is full of pedestrians, horse drawn omnibuses and horse drawn carriages. Various wharfs and warehouses are visible on the left of the shot across the river.

11 de junho de 2014

Holocaust in Film and Literature



 11. (Prof. Todd Presner, UCLA) 

Iraque



Leora Batnitzky




CLICAR

Brasil


"Samba da Bênção", Vinicius de Moraes


É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não

Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão

Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração

Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Sinhô, a benção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes
Sambistas do Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceiro cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá! A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
 

9 de junho de 2014

Morte


"Aubade" read by Philip Larkin


I work all day, and get half-drunk at night.
Waking at four to soundless dark, I stare.
In time the curtain-edges will grow light.
Till then I see what's really always there:
Unresting death, a whole day nearer now,
Making all thought impossible but how
And where and when I shall myself die.
Arid interrogation: yet the dread
Of dying, and being dead,
Flashes afresh to hold and horrify.
The mind blanks at the glare. Not in remorse
- The good not done, the love not given, time
Torn off unused - nor wretchedly because
An only life can take so long to climb
Clear of its wrong beginnings, and may never;
But at the total emptiness for ever,
The sure extinction that we travel to
And shall be lost in always. Not to be here,
Not to be anywhere,
And soon; nothing more terrible, nothing more true.

This is a special way of being afraid
No trick dispels. Religion used to try,
That vast, moth-eaten musical brocade
Created to pretend we never die,
And specious stuff that says No rational being
Can fear a thing it will not feel, not seeing
That this is what we fear - no sight, no sound,
No touch or taste or smell, nothing to think with,
Nothing to love or link with,
The anasthetic from which none come round.

And so it stays just on the edge of vision,
A small, unfocused blur, a standing chill
That slows each impulse down to indecision.
Most things may never happen: this one will,
And realisation of it rages out
In furnace-fear when we are caught without
People or drink. Courage is no good:
It means not scaring others. Being brave
Lets no one off the grave.
Death is no different whined at than withstood.

Slowly light strengthens, and the room takes shape.
It stands plain as a wardrobe, what we know,
Have always known, know that we can't escape,
Yet can't accept. One side will have to go.
Meanwhile telephones crouch, getting ready to ring
In locked-up offices, and all the uncaring
Intricate rented world begins to rouse.
The sky is white as clay, with no sun.
Work has to be done.
Postmen like doctors go from house to house.

David Nirenberg


"Can History Help Us Think About Religious Conflicts?"

7 de junho de 2014

Vida


A wolf cub 

Síria



May 10, 2014. Destroyed buildings are pictured, after the cessation of fighting between rebels and forces loyal to Syria's President Bashar al-Assad, in Homs city

6 de junho de 2014