29 de abril de 2014

Rabbi David Hartman



 "The Leon Charney Report" (1998)


“Destroy Man’s desire to sin,” our sages tell us, “and you would destroy the world.”
 

Haggadah



Oldest printed version dates back to 1486, commissioned by Italy’s Soncino family

Itália


Sandro Botticelli, "The Birth of Venus" (1484)

Chosen People



“For what reason,” asked the great tanna Rabbi Meir, “was the Torah given to the Jewish people?” The well-known midrash suggests it is because the Jews were especially obedient, but Meir gives exactly the opposite explanation: “It is because they are impudent.” The Jews, on this account, have a hard time obeying laws and showing respect to God; therefore, they needed what the Torah itself calls “a fiery law,” one that was strict and punitive enough to bring them into line. “There are three impudent ones,” Rabbi Shimon ben Lakish would elaborate: “The Jewish people among the nations; the dog among the animals; and the rooster among birds.”
Perhaps this surprisingly critical view of Jewish character was informed by the rabbis’ own experiences trying to get the am ha’aretz, the average man, to follow their rulings. But there is also a certain wistfulness to the rabbis’ view of what the Jews would be like if they were not constrained by the Torah. If only the Torah is what keeps the Jews “fiery” nature in check, imagine what toughness and violence they would be capable of without the law! “Were it not for the fact that the Torah was given to the Jewish people, no nation or tongue could withstand them,” the Talmud says. It is a paradoxically consoling thought—one can understand its appeal to a perpetually powerless people—and it betrays an interesting ambivalence about the whole notion of being chosen. If this is what we’re like with God’s law, it seems to say, imagine what we could do without it.


28 de abril de 2014

Vida



A heart of many rooms



David Hartman: "Decency in an Imperfect World"



A person should have two pockets in his coat.
One should contain the Talmudic saying, "A person is commanded to maintain: For my sake was the world created."
In the second pocket he should keep the verse, "I am but dust and ashes."

Chassidic master Rabbi Simchah Bunim of Peshischa

26 de abril de 2014

25 de abril de 2014

25 de Abril


Abril e a liberdade religiosa



O que trouxe Abril de novo, do ponto de vista da liberdade religiosa? A mudança está contida numa única palavra: reconhecimento.


Trouxe o 25 de Abril a liberdade religiosa? Se limitarmos a liberdade religiosa à liberdade de culto, a resposta é não. Como forma de possibilidade individual de professar a religião da sua escolha, a liberdade de culto existia antes do 25 de Abril e até, embora com sérias reservas, antes mesmo da revolução republicana. No século XIX, com o liberalismo e a extinção da Inquisição, os fiéis não-católicos passam a ter a possibilidade de praticar a sua religião.
As limitações são, no entanto, importantes: a prática do culto não-católico é apenas reconhecido aos estrangeiros e o seu exercício obrigatoriamente privado, sem expressão pública, incluindo a visibilidade dos seus templos. Trata-se assim de “tolerância”, não de liberdade: a religião católica é a religião do reino e os súbditos nacionais não têm outra opção. No entanto, e encarando a liberdade, e em particular a religiosa, como um processo sempre em movimento, o avanço é significativo: no caso concreto do judaísmo, embora considerados como uma “colónia” estrangeira sem reconhecimento legal, os judeus frequentam os seus espaços de culto privados, enterram os seus mortos segundo o ritual judaico, praticam livremente a beneficência judaica em organizações cujos estatutos são aceites.
A República vai mais longe. A Lei da Separação da Igreja do Estado, de 20 de Abril de 1911, confere a personalidade jurídica às confissões não-católicas e permite a visibilidade pública dos seus templos. Trata-se, sem dúvida, de um avanço significativo para as confissões não-católicas. No entanto, não podemos ainda falar de liberdade religiosa: em primeiro lugar, porque, decalcada do modelo da lei francesa de 1905, é visceralmente uma lei anticlerical e, em segundo, lugar porque as confissões não-católicas são reconhecidas apenas sob a forma de associações privadas cultuais, não como confissões religiosas, o que, na verdade, camufla a sua verdadeira natureza sociológica. Assim, os estatutos da Comunidade Israelita de Lisboa são reconhecidos a 23 de Julho de 1912, por alvará do governo civil, como “Associação de culto israelita, beneficência e instrução, denominada Comunidade Israelita de Lisboa”.
O Estado Novo consagra a liberdade de culto na Constituição de 1933, mas as comunidades não-católicas permanecem corpos estranhos à sociedade. Não fazem parte da nação portuguesa. Sem ser religião oficial do Estado, a Igreja Católica é, de facto, a única religião reconhecida e legitimada. Individualmente, os não-católicos têm os mesmos direitos como cidadãos nacionais, mas a expressão pública e colectiva da sua prática religiosa não existe, o low profile é a regra, e nada está previsto na legislação que tenha em conta as suas particularidades religiosas: o reconhecimento destas depende da boa vontade dos interlocutores do momento. Exemplificando de novo com a comunidade judaica, a possibilidade de não trabalhar ou fazer exames ao sábado ou durante as festividades religiosas dependia de uma negociação entre as partes, sem nunca ser reconhecida na lei. Da mesma forma, o ensino da religião nas escolas públicas ou a isenção de impostos eram benefícios exclusivos da Igreja Católica e o regime jurídico determinado pelo código civil continuava a não reconhecer a natureza religiosa das confissões não-católicas. Apesar disto, é preciso dizer com clareza: durante a ditadura salazarista a liberdade de culto privado nunca esteve em causa.
Então o que trouxe Abril de novo, do ponto de vista da liberdade religiosa? A mudança está contida numa única palavra: reconhecimento. E sem reconhecimento não se pode falar em liberdade, porque esta não se restringe a tolerar a existência privada de um culto “outro”. O reconhecimento implica aceitar como igual o que é diferente: igual em direitos, igual em deveres, igual em oportunidades; implica viver a diferença como natural, a diversidade como fazendo parte intrínseca das sociedades, e a tensão daí decorrente como um elemento criativo. A homogeneidade, o nivelamento, a negação da diversidade são sempre factores de empobrecimento, nomeadamente quando forçados. São contra a própria corrente da vida.
A mudança aberta com a revolução de Abril não se fez de repente, mas muito progressivamente, e está longe de estar terminada. O principal factor de mudança foi, como não podia deixar de ser, a instauração da democracia e da liberdade política. O fim da guerra colonial e a implantação de novas minorias étnicas e religiosas em território português, a abertura do país ao mundo e sobretudo a liberdade de pensamento, de expressão e de circulação de ideias, fazem surgir uma nova atitude face à diversidade religiosa e cultural. Portugal, hoje, é uma sociedade onde coexistem diversas minorias religiosas com uma prática aberta, expressão colectiva e visibilidade pública e estes elementos são determinantes na integração social dos seus fiéis. No fundo, quanto maior for a aceitação da diferença, mais fácil é o processo de integração".


21 de abril de 2014

Vida


A spider monkey

Bíblia de Ferrara


(1553)

Portugal


"The Portuguese Jewish Legacy", Professor Jane Gerber

The Beastie Boys


"No Sleep Till Brooklyn"


"No sleep 'til - Brooklyn

Foot on the pedal never ever false metal
Engine running hotter than a boiling kettle
My job's ain't a job it's a damn good time
City to city I'm running my rhymes
On location touring around the nation
Beastie Boys always on vacation
Itchy trigger finger but a stable turntable
I do what I do best because I'm willing and able
Ain't no faking your money I'm taking
Going coast to coast watching all the girlies shaking
While you're at the job working nine to five
The Beastie Boys at the Garden cold kickin' it live

No sleep 'til -

Another plane another train
Another bottle in the brain
Another girl another fight
Another drive all night
Our manager's crazy he always smokes dust
He's got his own room at the back of the bus
Tour around the world you rock around the clock
Plane to hotel girls on the jock
We're thrashing hotels like it's going out of style
Getting paid along the way cause it's worth your while
Four on the floor Adrock's out the door
M.C.A.'s in the back because he's skeezin' with a whore
We got a safe in the trunk with money in a stack
With dice in the front and Brooklyn's in the back

No sleep 'til -

[repeat chorus]

Ain't seen the light since we started this band
M.C.A. get on the mic my man
Born and bred Brooklyn U.S.A.
They all me Adam Yauch but I'm M.C.A.
Like a lemon to a lime a lime to a lemon
I sip the def ale with all the fly women
Got limos, arena, TV shows
Autograph pictures and classy hos
Step off homes get out of my way
Taxing little girlies form here to L.A.
Waking up before I get to sleep
Cause I'll be rocking this party eight days a week

[repeat chorus]

Espanha


Diego Velázquez, Las Meninas (1656)

7 de abril de 2014

"Oh freedom"


Shirley Verrett sings "Oh freedom"



"Oh freedom, oh freedom, oh freedom all over me
After a while and before I'd be a slave I'll be buried in my grave
And go home to my Lord and be free

No more mourning, no more groaning, no more mourning over me
And I'm free and before I'd be a slave I'll be buried in my grave
And go home to my Lord and be free

No more crying, no more dying, no more crying over me
And I'm free and before I'd be a slave I'll be buried deep in my grave
And go home to my Lord and be free

Oh sweet sweet freedom, oh sweet freedom, I want sweet freedom over me
And before I'd be a slave I'll be buried buried buried deep in my grave
And I will go home to my Lord and I shall be free"


Evolução



"There is grandeur in this view of life, with its several powers, having been originally breathed into a few forms or into one; and that, whilst this planet has gone cycling on according to the fixed law of gravity, from so simple a beginning endless forms most beautiful and most wonderful have been, and are being, evolved."

Charles Darwin, "On The Origin of Species" (1859)

Vida



"Japanese Cat Goes Through His Morning Ritual Of Asking His Owners For Breakfast"

Refugiados


"The Forgotten Refugees"

Kurt Weill


"Berlin im Licht"