12 de dezembro de 2014

Joaquim Carreira



O padre Joaquim Carreira abrigou judeus durante a ocupação nazi de Roma, entre Setembro de 1943 e Julho de 1944, quando era reitor do Colégio Pontifício Português da capital italiana. Será o quarto português a entrar na lista do Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém.

Antes do antigo reitor, já três portugueses tinham sido declarados "Justos" pelo Yad Vashem, numa lista com mais de 25 mil nomes. Para além de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul que em Bordéus atribuiu vistos a mais de dez mil judeus em fuga (e cuja história é a única de um português contada no site do Yad Vashem), está lá Carlos Sampayo Garrido, embaixador em Budapeste que deu documentos portugueses a centenas de judeus e os colocou em residências da embaixada. Um terceiro nome aparece listado como francês — trata-se do operário português que salvou uma menina judia em França, José Brito Mendes, e que tinha dupla nacionalidade. Os “Justos” recebem uma medalha cunhada com o seu nome e um certificado de honra, para além de terem os seus nomes acrescentados ao Mural de Honra do Jardim dos Justos do Memorial do Holocausto. O Yad Vashem pode ainda “conceder a cidadania honorária ou a cidadania póstuma se já tiverem morrido”. A cerimónia de entrega da medalha e do certificado a familiares do padre Carreira ainda não está marcada, mas deverá acontecer na primeira metade de 2015, na embaixada de Israel em Lisboa.